Por que o documentário de Daniella Perez não foi feito pelo Globoplay?

Coluna conversou com pessoas próximas a Glória Perez que revelaram os motivos que Globo não produziu o documentário

Por que o documentário de Daniella Perez não foi feito pelo Globoplay?

Em 21 de julho de 2022, foi lançado o documentário Pacto Brutal – O Assassinato De Daniella Perez pela HBO Max. A série foi dividida em cinco capítulos que trazem relatos impactantes do trágico assassinato da jovem atriz. Em poucas semanas, o documentário se tornou um dos títulos mais assistidos do serviço de streaming no Brasil. No entanto, muitos se questionam, por que a série não foi produzida pelo Globoplay, sabendo da ligação de Daniella e sua mãe, Glória Perez, com a emissora? A coluna conversou com fontes próximas à escritora que revelaram os motivos por trás.

 

A verdade é que a Globo se interessou em produzir a trama, no entanto, uma questão sensível atingiu Glória Perez. Fontes da coluna relataram que a emissora carioca iria dar voz aos dois lados, dando a oportunidade a Guilherme de Pádua e Paula Thomaz de se defenderem. Glória Perez recusou essa proposta e, com isso, o documentário caiu nos braços da HBO Max.

 

 

Hoje, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Em uma de suas últimas aparições públicas, o ex-ator foi flagrada em um protesto pró-Bolsonaro Instagram/Reprodução

 

O lançamento da minissérie documental Pacto Brutal, sobre o assassinato de Daniella Perez, traz à tona detalhes da vida e assassinato da jovem de 22 anos, que estava no auge da carreira artísticaReprodução

 

Daniella Ferrante Perez Gazolla, filha da autora de novelas Glória Perez, sempre foi apaixonada por arte. Tornou-se bailarina ainda na adolescência e, devido ao talento, foi convidada para dançar profissionalmente em uma das melhores companhias do Rio de Janeiro Reprodução

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A habilidade na dança, inclusive, rendeu à moça a primeira participação especial na TV, dançando na abertura da novela Kananga do Japão, da TV Manchete. Nos bastidores, conheceu o ator Raul Gazolla, com quem casou em 1990Reprodução

 

A experiência foi inspiração para que ela tentasse carreira como atriz. Após realizar testes, ganhou a oportunidade de interpretar a personagem Clô, na telenovela Barriga de AluguelReprodução

 

A interpretação da jovem chamou atenção do diretor Dennis Carvalho, que, mais tarde, a convidou para dar vida à personagem Yara, na novela Dono do Mundo. Apesar de estar no início da carreira, Daniella se tornou nacionalmente conhecida pelo públicoReprodução

 

Em 1992, interpretou a personagem Yasmim, em De Corpo e Alma, última novela em que contracenou. Na obra, fazia par romântico com o ex-ator Guilherme de Pádua, que estreava em seu primeiro grande trabalho na TV e que seria o responsável pela morte da atriz no mesmo anoDivulgação

 

Em 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado ao lado do carro dela em um matagal localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 18 perfurações. Após colher depoimentos de testemunhas, a polícia chegou até Guilherme e a esposa dele, Paula ThomazReprodução

 

À época, uma pessoa teria visto o carro do ex-ator, com a placa adulterada, na cena do crime. Segundo a Justiça, os criminosos teriam armado emboscada para assassinar Danielle. Ambos foram condenados a 20 anos de prisão por homicídio qualificadoReprodução/ Instagram

 

Ainda de acordo com a Justiça, Guilherme ficou inseguro após perceber que o personagem dele na novela não estaria presente em dois capítulos. Como assediava Daniella, colocou na cabeça que a atriz teria contado sobre as investidas dele para a mãeDivulgação

 

O ator arquitetou então o assassinato da jovem com a ajuda da esposa, que sentia muito ciúme de Daniella por conta das cenas entre eles Divulgação

 

Hoje, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Em uma de suas últimas aparições públicas, o ex-ator foi flagrada em um protesto pró-Bolsonaro Instagram/Reprodução

 

O lançamento da minissérie documental Pacto Brutal, sobre o assassinato de Daniella Perez, traz à tona detalhes da vida e assassinato da jovem de 22 anos, que estava no auge da carreira artísticaReprodução

 

O serviço de streaming também tem um histórico de problemas com personalidades que foram estrelas de documentários da plataforma. Um dos que se arrependeu profundamente de ter sua vida relatada foi o atacante do Flamengo, Gabriel Barbosa, mais conhecido como Gabigol. Fontes da coluna contaram que o jogador se arrependeu de ter aceitado fazer o documentário após uma polêmica envolvendo a ida a um casino clandestino durante a pandemia ter sido incluída no corte final da série Predestinado.

Ao longo dos cinco episódios da série, em diversos momentos são exibidas imagens de entrevistas antigas em que Guilherme de Pádua e Paula Thomaz se defendem das acusações. No entanto, o casal não aparece em gravações exclusivas que foram feitas para o documentário como no caso de Glória Perez, Raul Gazolla, promotores do Ministério Público e entre outros envolvidos no assassinato.

 

Os dois condenados pelo assassinato de Daniella Perez já cumpriram às respectivas penas e vivem vidas “normais”. Guilherme de Pádua é pastor de uma igreja evangélica e também publica vídeos sobre fé nas redes sociais. Poucos dias após o lançamento do documentário, publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo perdão a Glória Perez e Raul Gazolla. Já Paula Thomaz, ao contrário do ex-marido, preferiu não levar uma vida pública tão exposta assim. Além de mudar de nome, ela se formou em direito e acabou por constituir família tendo dois filhos.

Fonte:Por que o documentário de Daniella Perez não foi feito pelo Globoplay? (metropoles.com)