Estudantes do GGE constroem protótipos em aulas híbridas e aprendem com Cultura Maker

Presencialmente ou à distância, os alunos contam com acompanhamento técnico para desenvolver os projetos.

Estudantes do GGE constroem protótipos em aulas híbridas e aprendem com Cultura Maker

Aprender na prática a funcionalidade das coisas é, além de instrutivo, muito mais atraente e divertido. É dessa forma que são ministradas as aulas da disciplina STEAM, que faz parte do Programa Hands-on, juntamente com a demais: Maker, ProLab e Robótica. O Programa Hands-on contempla turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio. Já a disciplina STEAM é direcionada ao Fundamental 2, onde, semanalmente, os estudantes têm acesso a materiais específicos como motores, resistências, recicláveis e ferramentas para criarem protótipos através de conhecimentos de física ou engenharia. Dessa forma, o aluno é provocado a aprender, investigar e verificar a existência de um problema ou uma situação-problema em determinados projetos.

A concepção do “Do It Yourself” ou “Faça Você Mesmo”, da Cultura Maker, apresenta a ideia de que qualquer pessoa consegue construir, consertar ou criar seus próprios objetos. Sendo assim, os alunos se tornam construtores de protótipos para ampliar a compreensão prática da funcionalidade dos objetos. Para isso, o GGE oferece toda a estrutura do ensino híbrido para os estudantes dirigirem as ações supervisionadas por professores, seja de forma presencial, no laboratório maker, ou no conforto do lar, junto à família.

É o caso de Manuella Monteiro, de 12 anos, aluna do 7º ano do GGE de Boa Viagem. Desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, ela tem acompanhado de casa as aulas e desenvolvido os projetos com o auxílio dos pais. “A minha experiência prática no Steam é muito boa porque eu sempre me envolvo nos projetos, mesmo não estando lá no laboratório presencialmente”. Manuella ainda cita como foram as execuções das atividades. “No projeto do barco a vapor eu usei isopor, vela, latinhas recicláveis, cola quente, ligas, canudos, e aprendi a transformar energia térmica em mecânica, que fez o barco funcionar. Já no projeto do dínamo, eu usei dois cd’s, papelão, madeira, parafusos, ligas, motor de DVD e led, e aprendi a transformar a energia mecânica em elétrica, capaz de acender uma lâmpada de led. Em ambos os projetos, tive 100% de sucesso. Eu acho muito motivador para quem participa das aulas on-line. Estimula a querer aprender”, relatou a estudante.

Para a mãe de Manuella, a servidora pública Emanuelle Monteiro, de 40 anos, foi uma experiência desafiadora, mas bastante satisfatória. “A gente enquanto família procura sempre participar de tudo o que a escola propõe, como nessa experiência do dínamo que tivemos que providenciar peças comprando pela internet, para Manuella participar dessa experiência, mesmo de modo 100% on-line. Foi uma experiência bem desafiadora, mas quando acendeu a luz de led a gente ficou bastante satisfeito (eu e o pai dela) porque conseguimos concluir com sucesso o experimento proposto”, destacou Emanuelle.

Recentemente, os alunos desenvolveram uma atividade relacionada ao abastecimento de energia elétrica, através de termoelétricas. Eles produziram protótipos para entender o porquê esse tipo de geração de energia ser mais cara e onerosa, e isso afetar no valor para o consumidor final. “A gente pega uma situação do mundo real e traz para os alunos para que eles compreendam. Eles investigam história, física, química, e trabalham com engenharia na construção dos projetos para compreender melhor o fenômeno, para então chegar a uma conclusão final do porque um é mais caro e o outro é mais barato, quais as dificuldades entre um e o outro processo”, ressaltou a coordenadora de laboratórios do GGE, Kelly Cristine Camargo.