Brasil espera assinatura rápida do acordo Mercosul–UE, diz Alckmin
O Brasil espera que a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia ocorra “o mais rápido possível”, disse nesta sexta-feira (19) o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Segundo ele, o eventual adiamento deve ser curto, diante da relevância do tratado para o Brasil, o bloco sul-americano e o comércio internacional. “O acordo Mercosul–União Europeia é importante para o Mercosul e para o mundo, para o avanço do multilateralismo. Esperamos que o mais rápido possível seja assinado”, disse Alckmin em entrevista à imprensa de balanço das atividades do ministério em 2025. Notícias relacionadas:Assinatura do acordo UE-Mercosul é adiada para janeiro.Vale a pena esperar “pouco tempo” por acordo Mercosul–UE, diz Haddad. Von der Leyen confia que maioria na UE apoiará acordo com Mercosul.O ministro destacou que, apesar das resistências políticas de alguns países europeus, como França e Itália, o governo brasileiro mantém otimismo quanto à conclusão do processo. Negociações com México e Índia Alckmin também disse que o Brasil trabalha para ampliar acordos comerciais com outros parceiros estratégicos. Segundo ele, o governo está otimista para que até julho haja avanços nas negociações com o México para aumentar as linhas tarifárias de preferência. “O mesmo vale para a Índia”, acrescentou o ministro. Já com Canadá e Emirados Árabes Unidos, o objetivo é aprofundar discussões em direção a acordos mais amplos de livre comércio. Sobre a recente elevação de tarifas do México, Alckmin ressaltou que acordos já existentes, como o automotivo, não serão atingidos. Com isso, o impacto estimado das medidas caiu para cerca de US$ 600 milhões, abaixo da projeção inicial, que superava US$ 1 bilhão. Tarifaço dos EUA Mesmo diante do aumento de medidas protecionistas no cenário global, incluindo o tarifaço adotado pelos Estados Unidos, Alckmin prevê que o Brasil deve encerrar o ano com recorde nas exportações. Segundo ele, a maior parte das vendas brasileiras ao mercado estadunidense ocorre com tarifas baixas ou nulas. “Vejam como é importante abrir mercados. O Brasil deve fechar o ano com recorde de exportações”, afirmou. Agenda Em balanço de fim de ano, Alckmin apresentou uma agenda voltada à desburocratização, estímulo ao investimento estrangeiro e fortalecimento da indústria. Entre os anúncios, destacou a criação da Janela Única de Investimento, prevista para o início de 2026, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A ferramenta deve centralizar processos e reduzir custos para investidores interessados no país. O ministro também mencionou a plataforma Camex 360, já em funcionamento, que reúne informações sobre tarifas, processos antidumping e decisões de comércio exterior. Indústria automotiva Alckmin detalhou o novo programa de crédito para a renovação da frota de caminhões, com foco em segurança viária, saúde pública e estímulo à indústria. Regulamentado nesta sexta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o programa prevê financiamento com juros diferenciados para motoristas autônomos e frotistas, condicionado ao descarte de veículos antigos. Segundo o ministro e vice-presidente, além dos R$ 6 bilhões garantidos pela Medida Provisória 1.328, editada na terça-feira (16), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um aporte de R$ 4 bilhões. Com os recursos adicionais, esclareceu Alckmin, a linha especial de crédito para a renovação de caminhões terá R$ 10 bilhões disponíveis. No setor de veículos de passeio, o ministro destacou o crescimento nas vendas de modelos considerados “carros sustentáveis” de entrada, impulsionado por incentivos tributários considerados fiscalmente neutros. “O que estamos mostrando é que é possível avançar com livre mercado, multilateralismo e sustentabilidade”, concluiu Alckmin.
O Brasil espera que a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia ocorra “o mais rápido possível”, disse nesta sexta-feira (19) o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Segundo ele, o eventual adiamento deve ser curto, diante da relevância do tratado para o Brasil, o bloco sul-americano e o comércio internacional.

“O acordo Mercosul–União Europeia é importante para o Mercosul e para o mundo, para o avanço do multilateralismo. Esperamos que o mais rápido possível seja assinado”, disse Alckmin em entrevista à imprensa de balanço das atividades do ministério em 2025.
Notícias relacionadas:
- Assinatura do acordo UE-Mercosul é adiada para janeiro.
- Vale a pena esperar “pouco tempo” por acordo Mercosul–UE, diz Haddad.
- Von der Leyen confia que maioria na UE apoiará acordo com Mercosul.
Negociações com México e Índia
Alckmin também disse que o Brasil trabalha para ampliar acordos comerciais com outros parceiros estratégicos. Segundo ele, o governo está otimista para que até julho haja avanços nas negociações com o México para aumentar as linhas tarifárias de preferência.
“O mesmo vale para a Índia”, acrescentou o ministro. Já com Canadá e Emirados Árabes Unidos, o objetivo é aprofundar discussões em direção a acordos mais amplos de livre comércio.
Sobre a recente elevação de tarifas do México, Alckmin ressaltou que acordos já existentes, como o automotivo, não serão atingidos. Com isso, o impacto estimado das medidas caiu para cerca de US$ 600 milhões, abaixo da projeção inicial, que superava US$ 1 bilhão.
Tarifaço dos EUA
Mesmo diante do aumento de medidas protecionistas no cenário global, incluindo o tarifaço adotado pelos Estados Unidos, Alckmin prevê que o Brasil deve encerrar o ano com recorde nas exportações. Segundo ele, a maior parte das vendas brasileiras ao mercado estadunidense ocorre com tarifas baixas ou nulas.
“Vejam como é importante abrir mercados. O Brasil deve fechar o ano com recorde de exportações”, afirmou.
Agenda
Em balanço de fim de ano, Alckmin apresentou uma agenda voltada à desburocratização, estímulo ao investimento estrangeiro e fortalecimento da indústria. Entre os anúncios, destacou a criação da Janela Única de Investimento, prevista para o início de 2026, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A ferramenta deve centralizar processos e reduzir custos para investidores interessados no país.
O ministro também mencionou a plataforma Camex 360, já em funcionamento, que reúne informações sobre tarifas, processos antidumping e decisões de comércio exterior.
Indústria automotiva
Alckmin detalhou o novo programa de crédito para a renovação da frota de caminhões, com foco em segurança viária, saúde pública e estímulo à indústria. Regulamentado nesta sexta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o programa prevê financiamento com juros diferenciados para motoristas autônomos e frotistas, condicionado ao descarte de veículos antigos.
Segundo o ministro e vice-presidente, além dos R$ 6 bilhões garantidos pela Medida Provisória 1.328, editada na terça-feira (16), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um aporte de R$ 4 bilhões. Com os recursos adicionais, esclareceu Alckmin, a linha especial de crédito para a renovação de caminhões terá R$ 10 bilhões disponíveis.
No setor de veículos de passeio, o ministro destacou o crescimento nas vendas de modelos considerados “carros sustentáveis” de entrada, impulsionado por incentivos tributários considerados fiscalmente neutros.
“O que estamos mostrando é que é possível avançar com livre mercado, multilateralismo e sustentabilidade”, concluiu Alckmin.



